terça-feira, 1 de maio de 2012

Cinco.

     
      Um após o outro, sem pausa nem respiração.Sem aquele tempo essencial pra sentir, sem aquele velho gosto de envolvimento que sempre ficava aqui.Os dias estão morrendo, e o novo amanhecer, que deveria vir sempre melhor...Não vem.
      Então mais uma vez, perco-me na mesma musica ja tão mastigada e linda, que insiste em costurar-se na mente, fazendo pontos doloridos no peito.E deixando-os lá, eternamente.Esperando cicatrizar.Uma absolvição que não há.
     Ás vezes o amor significa perder, deixar ir para sempre.Ás vezes a paixão é a dor fina que lhe incomoda quando você precisa escolher ficar, e deixar as coisas que amava irem.
     Ás vezes amar, significa resgatar aqueles que se perderam dentro de si mesmo.
    O amor é tudo aquilo que te faz sorrir mesmo quando está sozinho. Porque sabe que a maior parte de si está feliz em outro lugar, ainda que longe de você.
      E isso passa a ser tudo o que importa.
      Ás vezes amar é simplesmente aceitar,
     mas choramos... E buscamos em coisas pequenas aquilo que só as grandes seriam capazes de nos dar.
    São sonhos altos demais, com amores que nunca se vão.E a realidade te puxa baixo, num único golpe...que não te deixa alcançar a mesma altura nunca mais.
    E teus sonhos tornam-se simples memórias, de desejos que nunca aconteceram.De realidades que nunca existiram, de momentos que morreram no mesmo instante em que aconteceram.De grandes amores destruídos por sentimentos ruins.E os teus olhos passam a ser simples poças d'água, que parecem nunca secar por dentro.Nem com todo tempo do mundo.
   E quando uma grande parte de si mesmo fica para trás, você precisa aprender a viver com aquilo que restou.
   


    
   

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