terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Vinte e dois outonos.




Olhos fechados.


E o desejo de que todas essas sombras sejam reflexo de algo que não existe.
 O coração que não pulsa, mas palpita, entende que pulsar seria arriscado demais agora. 
Com os olhos molhados, tristes como viver uma vida de mentira, metade das coisas incríveis que a vida reserva, se apaga.
E o espelho de repente só mostra o que você gostaria de esconder. São vinte e um outonos, e as folhas às vezes param de cair. Sorte é aceitar essa vaga idéia de completude sem estar completo.

Camila Braga

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